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Times remotos são improdutivos ou sua empresa que parou no tempo?

Foto do escritor: jorgedoliveirajorgedoliveira

A questão sobre se times de trabalho remotos são menos produtivos do que equipes presenciais têm sido amplamente debatida, especialmente após o aumento do trabalho remoto durante a pandemia de COVID-19. Esse período representou um marco significativo, consolidando definitivamente o trabalho remoto como uma realidade global.


Embora a globalização já tivesse introduzido a prática de equipes distribuídas em diferentes países, a novidade agora é que os membros da equipe podem estar no mesmo bairro ou cidade, mas optando por trabalhar de forma remota. Essa mudança expôs, de maneira evidente, a falta de preparo de muitos líderes para gerenciar equipes nesse novo contexto.

A gestão remota exige a adoção de práticas que vão além do tradicional "comando e controle". É necessário estabelecer acordos de trabalho claros, com metas bem definidas, comportamentos desejáveis, responsabilização mútua e, principalmente, tratar os colaboradores como adultos capazes de autogerenciamento. No entanto, muitas organizações ainda operam sob modelos hierárquicos rígidos, o que dificulta a transição.


Além disso, é importante reconhecer que nem todos se adaptam igualmente ao trabalho remoto. Enquanto algumas pessoas se sentem mais produtivas e confortáveis trabalhando de casa, outras preferem a interação presencial e a dinâmica do ambiente físico de trabalho. Essa diversidade de preferências deu origem a modelos híbridos, que combinam dias presenciais e remotos. No entanto, essa flexibilidade, embora benéfica, traz novos desafios para os gestores, que precisam equilibrar as necessidades individuais dos colaboradores com os objetivos coletivos da equipe. Muitas empresas ainda têm resistência em relação ao desempenho de equipes virtuais.  Algumas questões comuns incluem a dificuldade de monitoramento, a queda na produtividade, a falta de engajamento e a perda da cultura organizacional. A resistência ao trabalho remoto muitas vezes está ligada a uma cultura corporativa tradicional [de comando e controle] e a gestores que ainda associam produtividade à presença física.


Você já se deparou com resistência relacionada à produtividade do trabalho remoto em sua organização? Como é para você a volta ao trabalho presencial depois de tantos anos de atuação remota?


Ao analisarmos com mais profundidade essa questão, percebemos que o formato é apenas uma das configurações de atuação que a empresa escolhe ou dispõe, dependendo da natureza do seu negócio, geografia disponibilidade de talentos etc. Existem outros fatores essenciais que devem ser considerados antes de assumir que existe uma fórmula universal capaz de garantir a produtividade de todas as organizações. Um desses fatores é a cultura organizacional, que reflete o DNA da empresa e desempenha um papel crucial no seu sucesso. Portanto, é fundamental entender que não há uma solução única, mas sim um conjunto de elementos que, alinhados à identidade da organização, podem impulsionar seus resultados. De que forma é possível superar essas barreiras e se beneficiar da produtividade aliada a maior flexibilidade e a redução de custos operacionais?


Para onde caminha, então, o debate sobre o trabalho remoto? Grande parte das pesquisas sobre o tema se apoia em percepções subjetivas: de um lado, funcionários que trabalham remotamente que "sentem" ser mais produtivos apoiados no formato e na qualidade de vida que o modelo proporciona, existem entretanto aqueles que acham que trabalhar em casa perturba a rotina familiar, não conseguem se organizar, sentem falta de interagir fisicamente com outras pessoas e realmente perdem produtividade; de outro, gestores que "acreditam" que a produtividade diminui  para membros específicos da equipe. Essas visões, embora relevantes, são baseadas mais em impressões e não desenvolvimento de habilidades especificas para lidar com o grupo como um verdadeiro time com análises aprofundadas. O desafio, portanto, é avançar para uma discussão mais embasada, que vá além das opiniões pessoais e explore acordos, métricas claras, resultados tangíveis e práticas comprovadas. Só assim será possível entender verdadeiramente os impactos do trabalho remoto e direcionar a discussão para soluções que beneficiem tanto os colaboradores quanto as organizações.


Um Estudo da Harvard Business School (2021), analisou dados de mais de 30.000 funcionários nos EUA e descobriu que o trabalho remoto levou a um aumento de 4,4% na produtividade, principalmente devido à redução do tempo gasto em deslocamentos e reuniões desnecessárias. Em contrapartida, um outro estudo, esse da Universidade de Chicago (2021), constatou que, embora o trabalho remoto aumente a produtividade individual em tarefas focadas, ele pode reduzir a inovação e a criatividade devido à falta de interações espontâneas e trocas informais de ideias. O fato é que não há sempre prós e contras e dificilmente haverá uma resposta definitiva sobre se times remotos são menos produtivos do que equipes presenciais. A produtividade no trabalho remoto depende de vários fatores, como o tipo de tarefa, a cultura da empresa, a infraestrutura tecnológica e a capacidade dos funcionários de gerenciar seu tempo e bem-estar.


Atualmente, uma variedade de tecnologias está disponível para apoiar práticas que podem tornar um time remoto tão produtivo — ou até mais — do que uma equipe presencial. Ferramentas de comunicação e gerenciamento de tarefas, como Slack, Trello, Asana e Notion, são essenciais para manter a produtividade e facilitar a colaboração entre os membros da equipe. Além disso, a definição clara de metas e entregas é um aspecto crucial a ser explorado. Em vez de focar no monitoramento de horas trabalhadas, muitas empresas têm adotado um modelo baseado em resultados, que tem se mostrado bastante eficaz.


A confiança e a autonomia da equipe são pilares que precisam ser fortalecidos no trabalho remoto. Quando os membros têm liberdade para gerenciar seu próprio tempo, isso não só inspira responsabilidade e maturidade, mas também aumenta a motivação e o desempenho. Outro ponto fundamental é estabelecer uma rotina de comunicação eficiente, com reuniões regulares e check-ins periódicos. Essas práticas ajudam a manter o alinhamento da equipe, reforçam a cultura organizacional e garantem que todos estejam na mesma página, mesmo à distância.


Como lidar com a cultura “da reunião que poderia ser um e-mail”?


Muitas organizações frequentemente realizam reuniões desnecessárias, prolongadas e custosas, quando, na verdade, um simples e-mail resolveria o problema. Esse cenário é bastante comum e, na maioria dos casos, reflete falta de confiança da equipe e uma liderança insegura. Ao final dessas reuniões, é comum ouvir comentários como: “Era só isso? Poderia ter sido um e-mail”. Esse tipo de comportamento, no entanto, acaba minando a confiança, a autonomia e a responsabilidade do time. Portanto, não é o trabalho remoto que é improdutivo, mas sim a liderança que está equivocada em sua abordagem.


Quando um time compreende sua própria dinâmica de funcionamento, ele eleva seu nível de consciência coletiva, o que abre caminho para avanços significativos. Isso demonstra que é perfeitamente possível tornar times remotos ainda mais produtivos — muitas vezes até mais do que times que atuam no modelo presencial. O foco, portanto, deve se voltar para a dinâmica interna desses grupos. É por isso que fica cada vez mais evidente que o DNA da organização — sua identidade organizacional — se revela na prática por meio da forma como os times operam. É nesse contexto que os valores essenciais da empresa se manifestam de maneira autêntica e incontestável, mostrando o que realmente importa.


Observar e entender o funcionamento dos grupos ou times tornou-se uma necessidade estratégica e fundamental para que as organizações evoluam, muito mais do que a forma [se remota ou presencial]. É nessas pequenas células que as grandes transformações são gestadas e os principais desafios são superados. Hoje, os times representam os verdadeiros centros de poder dentro das organizações. Por meio do impacto que geram no sistema eles determinam, no curto, médio e longo prazo, o que a organização pode se tornar. Portanto, investir na dinâmica dos times não é apenas uma escolha, mas uma condição essencial para o sucesso e a sustentabilidade do negócio. Talvez isso seja muito mais importante para compreender sobre produtividade.


Como o Team Coaching pode impulsionar a produtividade dos times de trabalho?


Ativar sinergias entre os times e dentro deles tornou-se um desafio significativo, que vai além dos formatos de trabalho tradicionais. É nesse contexto que entra a atuação do Coach de Times. Nosso papel vai além da atuação profissional: também inclui, gradualmente, educar o mercado sobre o significado dessa nova abordagem para um tema já conhecido: o desenvolvimento de equipes. Para que o trabalho atinja seu potencial máximo, é essencial que o time tenha clareza e discernimento sobre seu próprio funcionamento. Só assim será possível identificar pontos de melhoria, fortalecer a colaboração e alcançar resultados mais consistentes e impactantes.


Um time maduro, com uma cultura sólida e bem alinhada, tende a se adaptar a qualquer formato de trabalho, seja remoto, híbrido ou presencial, mantendo ou até aumentando sua eficiência. Por outro lado, equipes imaturas ou empresas com culturas desalinhadas podem enfrentar desafios de produtividade, independentemente do modelo adotado.


Você acredita que a produtividade de um time está diretamente ligada ao seu formato de atuação (remoto, híbrido ou presencial)? Ou será que o verdadeiro diferencial está no nível de maturidade do time e na cultura da empresa?

Você está pronto para ser um profissional do século 21 e levar sua equipe a outro nível?


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Jorge Dornelles de Oliveira

Março de 2025

 

 
 
 

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